Uso medicinal da cannabis: informação é a cura para mitos e desinformação

Cannabis Sativa L. | Foto: Vecteezy

Nós conversamos com personalidades do setor que revelaram como fazer a cannabis se tornar um assunto sem tabus

A cannabis medicinal, embora amparada por regulamentações no Brasil, ainda enfrenta uma série de estigmas e preconceitos que dificultam seu reconhecimento como alternativa legítima de tratamento. Por isso, é preciso falar mais sobre o tema. Para entender como combater o preconceito e a desinformação, sem causar conflitos e constrangimentos, nós conversamos com pessoas que suas histórias de vida estão entrelaçadas ao uso terapêutica da planta.

Começamos a “falar mais sobre” cannabis a partir da perspectiva da empresária Ana Júlia Kiss, CEO da Humora. Para ela é essencial ampliar o debate sobre o tema, educar o público sobre os benefícios comprovados da planta e combater a desinformação que ainda permeia a sociedade.

Ana Júlia Kiss explica os desafios que enfrenta ao longo de sua trajetória no setor de cannabis medicinal: “Primeiro, eu acredito que os principais mitos e preconceitos que ainda cercam o uso da cannabis medicinal são bem evidentes. É curioso, porque, sendo uma viajante nômade, onde quer que eu vá no Brasil e fale sobre o uso de cannabis medicinal, a pergunta que mais ouço é: ‘Mas é legal?'”.

Essa dúvida, para a empresária, revela uma falta de compreensão mais ampla. “As pessoas não entendem que, sim, no Brasil, apesar de toda a burocracia, a cannabis medicinal está minimamente amparada pela legislação. Embora não haja uma lei específica sobre o tema, o uso é possível e real. Já existem 10 anos de regulamentação, com cerca de 600 mil pacientes e quase mil marcas no mercado. A maioria da população brasileira, no entanto, ainda não entende que é algo legal”, afirma Ana Júlia.

Segundo a empresária, existem dois grupos principais que já têm um conhecimento mais profundo sobre a cannabis medicinal: os pacientes crônicos, que após tentarem diversas alternativas encontraram na planta uma solução, e os entusiastas, que têm grande interesse pelo tema. “Os pacientes crônicos são resilientes, muitos são mães ou cuidadores, enfrentam questões extremas e nunca param de buscar soluções. Já os entusiastas são apaixonados pelo tema e estão sempre à frente na busca por mais informações”, destaca.

No entanto, Ana Júlia alerta que a grande maioria da população ainda não compreende o potencial da cannabis como tratamento legítimo. “A questão está na pauta de costumes. Falar abertamente sobre o uso de cannabis para tratar condições como ansiedade, foco, performance esportiva ou doenças crônicas é algo que ainda gera resistência nas discussões culturais no Brasil. Esse é, para mim, o maior mito e preconceito: a dificuldade de tratar a cannabis como uma alternativa legítima e acessível”, conclui.

NDMCI

Compartilhe este artigo e ajude a difundir a informação e combater o preconceito contra a Cannabis medicinal, que pode melhorar a qualidade de vida de milhares de pacientes brasileiros.

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