Explorando o potencial dos canabinoides no tratamento da doença de Parkinson

Estudos revelam a eficácia do Canabidiol na redução de sintomas motores e na proteção dos Neurônios

O CBD (canabidiol) representa uma abordagem promissora para o tratamento da doença de Parkinson, embora mais ensaios clínicos sejam necessários para confirmar seus benefícios a longo prazo. Estudos indicam que os canabinóides podem não apenas aliviar os sintomas motores, mas também proteger os neurônios contra a degeneração, melhorando a qualidade de vida dos pacientes com menos efeitos adversos do que as terapias convencionais.

A Doença de Parkinson é uma condição neurodegenerativa crônica e progressiva, uma das mais comuns no mundo, caracterizada por sintomas motores como tremores, rigidez e bradicinesia (lentidão dos movimentos). Essa patologia resulta principalmente da degeneração das células dopaminérgicas na substância negra do cérebro, levando a uma redução significativa nos níveis de dopamina, um neurotransmissor essencial para o controle motor.

Estima-se que entre 7 e 10 milhões de pessoas em todo o mundo sejam afetadas por essa condição, sendo particularmente prevalente em indivíduos com mais de 60 anos. No entanto, cerca de 5% dos casos ocorreram antes dos 50 anos, muitas vezes nas formas genéticas da doença.

Sintomas

Os sintomas da Doença de Parkinson podem variar entre os indivíduos e incluem:

– Bradicinesia/Discinesia: Movimentos involuntários, reduzidos ou excessivos.

– Tremor de tranquilidade: Tremores que ocorrem quando os músculos estão em segurança, geralmente desaparecendo com o movimento.

– Rigidez muscular: Aumento da resistência ao movimento passivo dos membros e tronco.

– Instabilidade postural: Dificuldade em manter o equilíbrio, associada à lentidão dos movimentos.

– Sintomas não motores: Inclui disfunções autonômicas, distúrbios do sono, constipação, disfunções urinárias e problemas cognitivos, como depressão e ansiedade

Causas

As causas da Doença de Parkinson não são totalmente compreendidas, mas fatores genéticos e ambientais afetam um papel. Certas mutações genéticas, como os genes LRRK2 e PARK7, foram associadas ao desenvolvimento da doença. Além disso, a exposição a toxinas ambientais, como pesticidas, tem sido correlacionada a um aumento do risco de desenvolver a condição.

 O envelhecimento também é um fator de risco significativo, já que as funções celulares e neuronais, incluindo a produção de dopamina, declinam com a idade. Estudos recentes apontam para a disbiose — um desequilíbrio da flora intestinal — como uma das causas potenciais, frequentemente relacionada à redução de espécies benéficas de bactérias e ao aumento de bactérias específicas.

Tratamento

Atualmente, o tratamento da Doença de Parkinson concentra-se no surto dos sintomas, pois ainda não há cura para a doença. A terapia de primeira linha envolve a administração de levodopa, um precursor da dopamina, que alivia eficazmente os sintomas motores, mas pode levar ao desenvolvimento de discinesias (movimentos involuntários) com o tempo.

Nos últimos anos, os canabinóides, especialmente o CBD, têm sido investigados devido ao seu potencial terapêutico no alívio dos sintomas da Doença de Parkinson. Conforme estudo, o CBD, um composto não psicotrópico da planta da cannabis, declara propriedades neuroprotetoras e antioxidantes que podem ajudar a proteger os neurônios dopaminérgicos da morte celular, retardando a progressão da doença.

Um estudo clínico investigou os efeitos do CBD em pacientes com DP que apresentaram sintomas psíquicos induzidos pela levodopa. Os resultados mostraram uma redução significativa desses sintomas, sem impacto negativo na função motora dos pacientes.

 Posteriormente, um estudo demonstrou que a administração de CBD melhorou significativamente a qualidade de vida e o bem-estar geral dos pacientes com Parkinson. Outros estudos confirmaram que o CBD pode reduzir a discinesia causada pela levodopa, além de melhorar o desconforto muscular e proporcionar um melhor controle motor.

Mecanismo de Ação dos Canabinoides na Doença de Parkinson

Os canabinoides atuam nos receptores CB1 e CB2 localizados nos gânglios basais, regiões parcialmente implicadas no controle motor. Além disso, desempenham um papel antioxidante, protegendo os neurônios da degeneração.

Conforme alguns pesquisadores, apesar da necessidade de mais ensaios clínicos para confirmar os benefícios a longo prazo, o CBD e outros canabinóides representam uma abordagem inovadora no tratamento da Doença de Parkinson, com menos efeitos adversos em comparação com as terapias convencionais.

Com informações de Cannareporter 

NDMCI

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