Cânhamo e CBD apresentam 100% de eficácia no combate a larvas do Aedes aegypti

“Os mosquitos são um dos animais mais mortais do mundo, principalmente porque, quando adultos, servem como vetores de doenças”, afirma Erick Martinez Rodriguez

Pesquisadores da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, desenvolveram um estudo recente que apontou a eficácia do canabidiol (CBD) e do cânhamo no combate ao mosquito Aedes aegypti, principal vetor dos vírus da dengue, febre chikungunya e Zika.

As plantas de cânhamo utilizadas no estudo foram cultivadas em estufa por sete meses. A variedade chamada Tango Kush teve suas folhas secas e moídas, e 150 gramas desse pó foram misturados com 4 litros de metanol por três semanas para a restrição dos compostos. As larvas do Aedes aegypti foram criadas a partir de ovos fornecidos por centros de controle de doenças, e duas cepas foram usadas: uma suscetível e outra resistente a inseticidas.

Os testes para verificar a eficácia dos extratos e compostos foram realizados em placas, seguindo as diretrizes padrão. A mortalidade das larvas foi observada após 48 horas, e os dados foram analisados ​​estatisticamente para determinar a concentração necessária para causar a morte de metade das larvas.

Em apenas 48 horas, os extratos de cânhamo mataram 100% dos mosquitos de ambas as cepas. O CBD puro também mostrou resultados promissores, com efeitos semelhantes ao extrato completo na mortalidade das larvas.

Testes adicionais confirmaram que o CBD era o principal responsável pela toxicidade do extrato. Assim, o estudo sugere que tanto o cânhamo quanto o CBD podem ser opções promissoras para o desenvolvimento de novos larvicidas.

“Os mosquitos são um dos animais mais mortais do mundo, principalmente porque, quando adultos, servem como vetores de doenças”, afirmou Erick Martinez Rodriguez em entrevista ao Ohio State News. “É muito importante conseguir esses controles em um estágio inicial, quando elas são mais vulneráveis”, completou o pesquisador principal do estudo.

Os pesquisadores destacaram que apenas uma cepa de cânhamo foi examinada. Estudos futuros devem avaliar outras variedades da planta para identificar ingredientes ativos adicionais além do CBD e determinar quais cepas seriam mais eficientes para a produção de biopesticidas.

Dados recentes

De janeiro a setembro de 2024, o Brasil registrou 6.529.520 casos prováveis ​​de dengue, com 5.428 mortes confirmadas e 1.766 em investigação, segundo o Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde. O coeficiente de incidência da dengue no país é de 3.215,5 casos para cada 100 mil habitantes.

O Ministério da Saúde orienta a população a eliminar focos de água parados que possam servir como criadouros do mosquito Aedes aegypti .

NDMCI

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